quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mãe polvo

Ainda no seguimento do post anterior, também sou muito mãe polvo.
Uma mãe com um braço para abraçar, um braço para não deixar cair o pequeno, um braço para brincar, um braço para o embalar, um braço para o vestir, um braço para fazer sopa, um braço para arrumar o que vai ficando sempre desarrumado, um braço para tudo o resto... Quantos são? Oito! Confere!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mãe coruja


Recebi, duplamente, este selo da Ana Melancia e da Raquel http://tretasminhasetuas.blogspot.com).

Sou, assim, duplamente mãe coruja, o que, de acordo com a moral da história, que a Duchess se deu ao trabalho de investigar (e tornar legível em português de Portugal), significa que aos meus olhos, o meu filho é perfeito.

Como se o amor nos deturpasse a visão, mas no bom sentido.

Sim, o amor existe para que a perfeição possa existir.

Sim, para mim, apesar de todas as noites mal dormidas que me deu, de todas as dificuldades que me criou na introdução dos sólidos, com todos os defeitos que um dia virá a ter, o Pedro será perfeito. Porque é meu, porque veio de um amor maior, que me trouxe algo ainda maior, porque não o quero diferente, porque fará, com certeza, o melhor por si e pelos outros, naquilo que esteja ao seu alcance. E é assim que se é perfeito.

O mais curioso é que inconscientemente a história da mãe coruja já morava em mim. Enquanto estive grávida só sonhei com o meu bebé uma vez. No meu sonho, o meu filho era muito feio, feio mesmo e lembro-me de, no sonho, dizer ao Miguel: “Coitadinho, é mesmo feiinho, mas olha as orelhinhas tão perfeitas”. O meu amor, ainda inconsciente, fazia-me relevar a perfeição das orelhinhas.

Por isso, para lá de mãe macaca pelo carnaval (e não só), sou mãe coruja.

Com carinho, atribuo este selo a outras mamãs que não quereriam os seus filhos de forma diferente:
Sara
Princesa
Ana e a vida

Meias rotas

Sei que isto não têm interesse nenhum mas não me sai da cabeça.
O Miguel descalça-se quando chega a casa.
De três em três dias (na melhor das hipóteses) tem uma meia rota.
Temos que abastecer o stock de meias urgentemente.
Ou arranjar um tipo de cotoveleiras para meias (acho que ainda não existem no mercado, sabe-se lá se não vou patentear a invenção).
A maior parte das vezes quem repara sou eu.
Agora só me dá vontade de rir.
Não consigo perceber a causa.
Não são traças porque só as meias aparecem rotas.
Será uma vontade louca dos pés do Miguel pelo Verão?

Não dá para esconder que temos um filho pequeno...#5

Quando temos assunto com qualquer pessoa que se encontre na sala de espera do pediatra.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

À distância de 2348km

Estamos a 9 dias de nos confrontarmos pela primeira vez com a distância desde que somos 3. Não é uma ida de um dia a Lisboa em trabalho. Não é uma noite em que o Pedro fica com os avós porque temos um jantar tardio. São 2348 km durante 6 dias.
Sei que vai passar num instante, num abrir e fechar de olhos já seremos dois a dar o banho ao pequeno, já seremos 3 à mesa ou no tapete, já terei com quem dividir os “turnos” nocturnos.
Mas desde que a notícia chegou, chegou também o desassossego à nossa casa.
“Não vou conseguir estar longe de vocês tanto tempo!”, foi o que me disse ao telefone.
“De mim vais, já tiveste…” O que um filho faz a um pai, foi no que pensei.
E tem sido isto:
O Pedro come pela primeira vez arroz com prazer, segurando a colher, e, enquanto eu procuro a máquina fotográfica para registar o momento, o Miguel entristece-se por temer perder nesses 6 dias de distância um feito tão grande.
Chegamos ao quarto e está o Pedro de pé, na cama, em equilíbrio, feliz como só as crianças conseguem, e o que me ocorre é como está grande o pequeno, já o Miguel antecipa a tristeza de não ter durante 6 dias um acordar tão bem disposto.
O Pedro agita as pernas e os braços ao ver o pai e a mãe depois de um dia de trabalho. Sabe-me bem ser recebida assim, já o Miguel receia que ao fim de seis dias o Pedro já não o cumprimente entusiasticamente.
Custa-me pelo Miguel. Os meus argumentos não lhe bastam, a minha certeza de que 6 dias passam a correr não o consolam.
E continua a não me sair da cabeça… O que um filho faz a um pai…

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Macaquinho


Nesta selva que é o mundo, resta-nos a doçura de um "macaquinho".

(Hoje o dia não está a correr bem)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Macadas e macaquices

O Pedro tinha mesmo de se mascarar de macaquinho.
Para mim faz todo o sentido, é assim que o tratamos, tem uma especial adoração por macacos e devora bananas. Para o Miguel o carnaval não faz qualquer sentido.
Se o Pedro vai de macaco, nós, os pais, temos que ir a fazer pandan.
Para mim faz todo o sentido, adoro coisas colectivas. Para o Miguel o carnaval não faz qualquer sentido.
Procuro máscaras e, face ao descontentamento do Miguel, encontro uma alternativa: em vez de macaco vai de banana!
Para mim faz todo o sentido porque se insere no tema. Para o Miguel o carnaval não faz qualquer sentido (Banana?! #!#* Nem pensar! Ouvir comentários do género “oh banana!” …).
Voltamos à ideia inicial: 3 macacos, fatos comprados e um de cada espécie.
Para mim faz todo o sentido, somos uma família mas cultivamos a diversidade. Para o Miguel o carnaval não faz qualquer sentido.
Anseio por segunda à noite para tirar as fotos que ficarão para a posteridade e, entretanto, vou-me sorrindo com a ideia de sairmos os 3 de casa e encontrarmos um vizinho no elevador.
Para mim faz todo o sentido, não há nada como rir à gargalhada. Para o Miguel o carnaval não faz qualquer sentido.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

11

De repente estamos assim, a um mês do primeiro aniversário do Pedro.
E pergunto-me:
Como é que o tempo passou tão a correr?
Como é que era a minha vida antes do Pedro?
O Pedro faz tanto sentido em nós, que parece estar aqui desde sempre.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Amor Fernando

Este é um dos principais capítulos do amor e andava há anos para o pôr por escrito. Hoje fala-se em todo lado de amor, eu escolhi fazer o mesmo.
O meu avô materno, o meu avô Fernando, esteve presente fisicamente em apenas metade da minha vida mas, passados quase 15 anos da sua morte, ainda o sinto tão perto. Revejo-o todos os dias sempre que me vejo ao espelho, porque herdei a sua covinha do queixo. Reconheço o mesmo traço sempre que me consolo a dar leite ao Pedro e lhe limpo o queixo. E dou por mim, tantas vezes, a dizer ao Pedro de como o que é está, também, no que o meu avô foi. Porque eu sou, também, um pouco daquilo que o meu avô me deixou. E tenho tantas saudades... Precisava tanto que tivesse sabido que tinha escolhido o curso de direito, como ansiava, que tinha casado com alguém que só viu uma vez mas que admiraria certamente, que tenho um filho que é especial, porque é tão nosso.
Precisava que soubesse como me faz falta e que quando lhe disse, da última vez que o vi consciente, sem poder imaginar que no dia seguinte daria entrada no hospital, que gostava muito dele, que muito era mesmo muito. É tanto...
O meu avô não era do seu tempo. Recordo as manifestações de amor que tinha com a minha avó e que a deixavam envergonhada. Recordo a história que contava de ter oferecido à minha mãe, com cerca de 17 anos, um cigarro, para que fumasse à mesa e não às escondidas. Recordo- me do fascínio que sentia por, ingénua, acreditar, como dizia, que já tinha sido médico, por ter tido intervenção em alguns dos partos dos filhos, e padre, por ter celebrado um casamento.
O meu avô está em mim, foi quem me deu o primeiro banho, ensinou-me a rir, a fazer partidas, incentivou-me a dizer o que pensava, mesmo que isso contrariasse a sua "autoridade" dos 57 anos que nos separavam.
E é disto que sou feita e era isso que gostava que soubesse.
Talvez soubesse mesmo, quem me é próximo diz que sim. Porque esperou que o fosse ver, já inconsciente, sem que eu tivesse conseguido dizer o que quer que fosse, apenas o tendo tocado com as mãos e os lábios, esperou, dizia, para ceder ao que tinha de melhor, o coração.

Não dá para esconder que temos um filho pequeno...#4

Quando evitamos vestir preto porque a criança está ranhosa!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Selo


Este é um blog recente, em que os seus seguidores, imagino eu, são apenas aqueles que me são próximos. No entanto, um dos primeiros comentários que recebi foi de alguém que não conheço, mas que agora também sigo, através do seu blog, Ana e a Vida. E senti-me feliz por saber que alguém que não me conhece e que, por isso, põe de parte outras parcialidades que se entranham quando nos conhecem, me disse que seguia o blog por gostar da minha escrita. Fiquei, ainda, mais feliz quando a Ana me ofereceu este selo, que é um prémio dado ao bloggers com menos de 200 seguidores, com o objectivo de aumentar o reconhecimento do seu blog. Tem como instrução específica compartilhar 5 factos sobre nós, que os seguidores não teriam forma de descobrir. Aqui vão os meus (isto é mesmo para quem não me conhece porque quem me conhece já sabe disto há muito!):

1.Sou viciada em chocolate ao ponto de ficar nervosa enquanto espero na fila do supermercado para poder pagar e, então, saborear a tablete escolhida.
2.Adoro fotografias, tenho milhares, organizadas em álbuns que gosto de rever de vez em quando.
3.Gosto do Inverno, dos dias frios de sol, das mantas, do estalar da madeira na lareira, do chá quente. Nasci, escolhi casar e conheci o meu filho nessa estação do ano.
4.Não tenho religião nem conheço a fé num ser superior e vivo bem com isso. Chega-me confiar nos Homens.
5.Sou desprovida de ritmo, de sentido musical, de dom teatral, mas adorava dominar uma arte para pisar um palco e ser aplaudida.

Depois das revelações, designo os 5 blogues para atribuir este selo:

Vestido preto
Pitugoldendays
Ana Maldivas & baby
Whatever tomorrow brings I'll be there

Diário de uma mãe solteira

Dois dos blogues podem já ter mais de 200 utilizadores, já que, atenta a minha nabice neste novo mundo, não consegui confirmar tal informação.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cavalo marinho

Namorei-o desde Agosto. Esperou por mim. Chegou quando tinha que chegar, quando já não o esperava e pelas mãos certas. E agora trago-o aqui, entre o peito e o ventre, os dois lugares onde concebi e fiz e faço crescer o meu cavalo marinho mais precioso. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

31

Desde as 0:00h deste dia 2 de Fevereiro, dia perfeito, ensolarado mas frio, que obriga a um casaco quente e a aconchego, tenho tido o melhor:
Começou na cozinha, como eu gosto, a fazer o meu bolo de aniversário, com chocolate nos dedos e nos lábios, a receber o mais doce beijo dos dois homens da casa (sim, o pequeno ficou acordado até à meia noite só para me beijar).
Depois veio o abraço telefónico dos pais que me fizeram assim, com esta necessidade de sentir o amor tão perto.
Depois, ainda, uma mensagem que começa com “Para a minha Ana Andorinha”, mensagem especial enviada pela Marta (adorei mesmo!) mas que a senti colectiva. Porque é assim que somos, Andorinhas em bando, que nunca viajam sozinhas.
Manhã com um pequeno almoço de pão fresco (sim, porque o normal é pão torrado), a três, como deviam começar todos os dias.
E uma história que me deixou derretida: numa turma de meninos de 5 anos, onde todos os dias a educadora pergunta por novidades, o meu Diogo, “afilhado emprestado”, levantou o dedo e escolheu dizer: “a madrinha do Gonçalo faz anos”.
Começou bem o dia, sinto que serão os melhores 31 anos da minha (nossas) vida(s)!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Não dá para esconder que temos um filho pequeno...#2

Quando decidimos festejar o aniversário, não num jantar que se prolonga pela noite dentro, mas num brunch que se prolonga pela tarde fora!