Cruzei-me várias vezes
contigo quando ainda era outra a namorada que levavas a casa.
Depois, um jogo de
futebol levou-nos a iniciar uma amizade.
Antes, quando ainda
tinhas pera e não usavas gel.
Chorei no teu ombro por
outro que queria como namorado.
E um dia, sem conseguir
explicar, numa queima das fitas, tentei mostrar-te que afinal era de ti que eu gostava.
Errei. Não foi o sítio
certo. E essa minha mania de dizer as coisas por palavras mais dúbias, essa
minha mania dos segundos sentidos das frases e das coisas, essa minha mania de
carregar emoções naquilo que tu, como verdadeiro “engenheiro” que és, não
alcanças.
Errei, mas chegamos lá.
E podia eu imaginar que
tantos anos depois seríamos família…
Ainda namorávamos e num aniversário, quando ainda não tinhas passado à decada dos 30, dei-te um presente que ainda hoje me orgulha. Um
livro com dezenas e dezenas de páginas, para te escrever em cada aniversário.
Nesse presságio de que iríamos ficar juntos por muito e muito tempo, que seria
grande o nosso amor, tão grande que encheria um livro. Olho para ele e hoje já
tem tantas páginas escritas.
Olho para trás e vejo
tanto.
Vejo rosas brancas,
amor em cartas, primeiras viagens, beijos, promessas cumpridas, colares
repetidos, surpresas, troca de abraços, um “amo-te muito” a cada noite, mãos
dadas, choros partilhados… um filho.
E, tal como quando te dei aquele livro pelo teu
aniversário, olho para a frente e vejo tanto.
Olha... nem sei que diga!
ResponderEliminarInspirador, sem dúvida! E é inspirador porque é verdadeiro e puro... como vocês os 2!
Repito a Ana... Não sei que diga mediante estas palavras! Apenas que desejo acompanhar muitas mais páginas desse livro da vida!
ResponderEliminarAdoro (-vos)! ****
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