O que eu gosto mais na minha profissão é o sentimento de que uma acção minha mudou a vida de uma pessoa.
Fico orgulhosa quando ganho uma acção, quando penso numa solução jurídica para um problema, quando resolvo um conflito, quando acerto.
Mas o que eu gosto mesmo na minha profissão é fazer a diferença na vida de uma pessoa.
Ontem foi um dia assim. Trabalhei muito, muito mesmo, e ao fim de 7 horas tinha mudado a vida de uma pessoa. E não há nada que se compare ao calor de umas mãos a agarrarem as nossas, como se fossemos mais do que realmente somos. Não há nada que se compare a ver a pessoa voltar para trás, mais uma vez, só para nos agarrar as mãos, em jeito de agradecimento.
Ainda assim, quando hoje levei o meu filho a uma sala de audiências, quando lhe mostrei onde a mamã trabalha, quando, atenta a insistência dele de que também queria "atender pessoas", uma funcionária lhe deu um processo para a mão para que percebesse um pouco mais que a mamã lida com papéis, muitos papéis, sem as ilustrações coloridas a que está habituado, desejei, em voz alta, que não seguisse as pisadas da mãe.
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