quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O escuro

A generalidade das crianças tem medo do escuro. O Pedro talvez tenha um pouco mas todos os dias o enfrenta. Ou então não tem medo nenhum e ponto final. A Aninha já se habituou ao ritual e, por isso, não reclama a ausência de luz. Todos os dias, ao chegar ao corredor que nos leva até à porta do apartamento ou à saída de casa, o Pedro encarrega-se de fechar a porta que dá para as escadas comuns e exige que não se acenda a luz. Vamos totalmente às escuras até ao elevador ou sem ponta de luz até à porta de casa. Todos os dias. É uma animação para mim tentar enfiar a chave na fechadura sem qualquer luz, um divertimento para o Pedro encontrar o botão do elevador, uma alegria para a Aninha correr sem ver nada.
Só temo que algum vizinho abra a porta nesse momento. É que nem sei o que diga...

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O meu Pedro

O meu Pedro. O meu filho nessa dimensão extraordinária que guarda apenas para mim. O meu filho nos minutos anteriores a adormecer, nos primeiros raios da manhã, na sala de pijama, nos 7 minutos e meio de caminho para a escola quando reduzo o volume do rádio.

O meu Pedro que me desarma em absoluto com a sua sensibilidade.
"Eu gostava de ter sido criança quando tu eras criança, mamã. Para poder casar contigo..."

O meu Pedro que me surpreende com o seu raciocínio único, com os interesses raros, com as conclusões inéditas.
"Eu sou diferente dos outros, porque não vejo a minha própria cabeça, só as cabeças dos outros... Não há problema em ser diferente dos outros, pois não?"

O meu Pedro, que eu amo tanto.

Um dia destes, em conversa com os meus cunhados, percebi que são poucos aqueles que conhecem o Pedro. Aos 4 anos e meio do Pedro, o seu tio dizia-me "não imaginava o Pedro assim".
Fiquei triste, um bocadinho triste.
O meu Pedro nega revelar-se a maioria das vezes.
Fiquei triste, não pelo Pedro, mas pelos outros.



segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dicas de uma mãe de segunda viagem para uma viagem de primeira!

Estive em Londres durante 4 dias com os pequenos. Se não comessem sopa durante 4 dias não seria um drama para mim mas seria um drama para o funcionamento intestinal de um e outro. Não é fácil arranjar sopa como a nossa em Londres, nem nos restaurantes italianos. Optei por levar sopas congeladas na mala, uma para cada dia, em embalagens individuais com quantidade para os dois, num saco térmico, transferindo-as para o frigorífico no hotel, e no último dia a sopa continuava congelada. Foi uma excelente opção. 

Voltar...

Agora que desatei o nó, volto a ter fôlego para escrever.
Não sei se escreva sobre o que está para trás, se me centre no que aí vem. 
Talvez opte por fazer o que me vem à cabeça.