O meu Pedro. O meu filho nessa dimensão extraordinária que guarda apenas para mim. O meu filho nos minutos anteriores a adormecer, nos primeiros raios da manhã, na sala de pijama, nos 7 minutos e meio de caminho para a escola quando reduzo o volume do rádio.
O meu Pedro que me desarma em absoluto com a sua sensibilidade.
"Eu gostava de ter sido criança quando tu eras criança, mamã. Para poder casar contigo..."
O meu Pedro que me surpreende com o seu raciocínio único, com os interesses raros, com as conclusões inéditas.
"Eu sou diferente dos outros, porque não vejo a minha própria cabeça, só as cabeças dos outros... Não há problema em ser diferente dos outros, pois não?"
O meu Pedro, que eu amo tanto.
Um dia destes, em conversa com os meus cunhados, percebi que são poucos aqueles que conhecem o Pedro. Aos 4 anos e meio do Pedro, o seu tio dizia-me "não imaginava o Pedro assim".
Fiquei triste, um bocadinho triste.
O meu Pedro nega revelar-se a maioria das vezes.
Fiquei triste, não pelo Pedro, mas pelos outros.
O meu, também Pedro, que quer ver o deserto. Tem uma costela minha... a do aeroporto!
ResponderEliminarUm beijinho para ti e para o Pedro.
ResponderEliminar♥
O teu Pedro, tal como todos nós, revela-se para quem ele quer, para quem le entende que o vai entender. E, a verdade é uma, se o teu Pedro te surpreende tanto a ti, porque não haveria também de surpreender todos os outros?
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