quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Estes dois

Estes dois enchem-me o coração pelo simples facto de existirem. Mas eles resolveram ir mais longe e, por diversas vezes já me vieram as lágrimas aos olhos, de alegria, daquela bem boa!
A estes 2 só lhes faltou nascerem juntos e desafiarem-se um aou outro no primeiro choro. Conheceram-se no quente da barriga das suas (lindas e maravilhosas) Mães e, desde então, é ver a amizade crescer.
Partilharam dress codes, pic nics, fotos colectivas, areia da praia e água da piscina!
É impressionante como gostam um do outro, do alto dos seus 18 meses. O Diogo gasta o nome do Pê até à exaustão, pergunta por ele, quase todos os dias desde que voltamos de férias, chora quando tem de se separar. O Pedro dança de alegria quando vê o Diogo, sorri de uma forma incrível, provoca-o em todas as suas brincadeiras, corre e espera que o Diogo o siga, esconde-se e chama para que o procure. É a verdadeira loucura quando estão juntos, brincam até ficarem de cabelo encharcado de tanto suar e ficam felizes, felizes...
Há poucas coisas boas na vida como os amigos, e ensinar a, maravilhosa, arte da amizade, desde o dia em que se nasce, é dos melhores presentes que podemos dar a um filho. Não sabemos o que o futuro lhes reserva, se um dia enjoam um do outro (ai deles...), se serão, ou não, os melhores amigos do mundo, mas por enquanto vamos bebendo um pouco desta alegria de estar por perto, deste entusiasmo e deste amor pequenino.”

                                                                                                       Ana Melancia
Este texto foi escrito há uns meses pela minha amiga Ana.
Faz sentido publicá-lo aqui, porque não escreveria melhor sobre esta amizade em jeito de irmãos.
Faz sentido relembrá-lo agora que terminamos os 4 (os pais) as visitas aos jardins infantis para os 2 pequenos. Porque quem não nos conhece, quem ignora esta amizade que tão bem a Ana descreve, “estranha-nos”.  E nós sorrimos com isso.

“Mas afinal quantos meninos são?”
"Nós não somos nenhuma família (muito) moderna. São dois meninos, um de cada um de nós, de cada casal, quero dizer."
“Que idade têm as crianças?”
"Têm dois anos. Fazem os dois em Março."

"Não precisa de passar as informações para outro cartão. Basta 1 para os 4. Nós somos mesmo amigos."
"Não precisamos de prolongamento. A nossa família é toda daqui. Os avós moram todos aqui."

E podíamos dizer que ambas as mães são Ana Cristina. Que um adulto é Pedro, que uma criança é Pedro, mas não são pai e filho. Que um adulto é Miguel e que um nascituro é Miguel, mas não são pai e filho. Que cada um dos meninos tem uma avó Adelaide e um avô Albino, mas não são avós comuns.
Mas isto baralhava um bocado mais, não?

5 comentários:

  1. Gosto muito de me reler de tempos a tempos e, este post, é dos meus preferidos pela "realidade real" que ilustra. Mas estes teus extras fizeram-me rir até ás lágrimas, juro... Ri-me tanto e imaginei o que pensam de nós aquando destas pérolas!! É que escrito assim, de forma tão solta, parecemos mesmo uns maluquinhos! E sabes bem que eu gosto disso!

    ResponderEliminar
  2. Estes extras realmente trocam uma pessoa!! E fazem-'me rir ;)

    ResponderEliminar